quarta-feira, 23 de julho de 2008

O regresso de "El Grande"!

Apesar de este artigo ter sido publicado em meu nome, quem teve a delicadeza de o escever não fui eu, mas sim a nossa benjamim do grupo, a Filipa...
Passo então a palavra à verdadeira autora:

"Parece que hoje é a minha vez, vamos lá ver se consigo resumir o jogo, sem fazer batota. :)

Sou a Filipa, a mais novinha no grupo. Sempre que os estudos me permitem vou às sessões cá em Aveiro, e foi isso mesmo que aconteceu ontem.

Inicialmente estávamos indecisos sobre o que jogar, e lá nos decidimos pelo “El Grande”. Após a fase de ensino, começou a de jogo.

O Jorge escolheu os azuis, o Gonçalo os amarelos, o Tiago os vermelhos e eu os verdes.

Os “caballeros” estavam mais ou menos bem distribuídos pelo tabuleiro até que o Gonçalo decidiu investir em Valência, junto ao seu Grande, e eu em Aragón, junto ao meu. Isto favoreceu-me quando decidi escolher a carta que permite a mudança de pontuação, sendo eu a única a pontuar nessa região sempre que estivesse em maioria.

O Tiago optou por instalar-se em várias regiões, conseguindo a maioria no Pais Basco e na Galicia, enquanto que o Jorge obtinha a maioria em Granada e Old Castle.

Após a primeira contagem de pontos, O Gonçalo ficou em 1º lugar, eu em 2º e o Tiago e Jorge empatados em 3º lugar.

Nesta primeira contagem o Jorge e eu não tomamos muita atenção ao facto de pôr Caballeros no castelo, pelo que não pontuamos nem tivemos oportunidade de “rechear” mais as nossas regiões.

Quando o Gonçalo teve oportunidade de utilizar a carta de mudança de pontos começou a pôr muitos Caballeros em Valência, porque ao ter o Grande lá ficava com 9 pontos se tivesse maioria nessa região. E eu, como já lá tinha alguns Caballeros e o Rei estava por perto, comecei a competir pela maioria nessa região.

O Tiago, ao ter uma carta que lhe permitia retirar de uma região Caballeros dos oponentes, decidiu tentar a maioria em New Castle, porque era a segunda região com mais pontuação. Eu também lá tentei a minha sorte numa próxima jogada, mas não me consegui manter em maioria durante muito tempo.

O Jorge tentava a maioria também nas outras regiões, sendo no Sul impossibilitado pelo Gonçalo, que estava sempre a dificultar-lhe o jogo, conseguindo só a maioria em Old Castle e por momentos, em Aragón.

Na segunda contagem, o Gonçalo “saiu” disparado de volta ao inicio após concluir os 100 pontos, deixando-nos ao resto bem atrás! O Tiago tinha o 2º lugar, o Jorge o 3º lugar e eu o 4º.

Na última parte do jogo, o Gonçalo dominou Granada, Valência e Catalunia e apesar de de lhe terem trocado as voltas ao retirar a placa de mudança de pontos (o Tiago levou-a para Basque), a sua vitória já era esperada devido à pontuação que já tinha.

O Tiago conseguiu dominar a Galicia, Basque e Seville, conseguindo muitos pontos como segunda maioria nas outras regiões.

O Jorge conseguiu a maioria em Old Castle, sendo o resto da pontuação também de segundas maiorias.

Eu consegui a maioria em New Castle e Aragón, sendo os restantes pontos de segundas maiorias de Caballeros que tinha espalhados por outras regiões. O facto de me esquecer numa jogada de que o Rei tinha que estar adjacente à região onde queria pôr os Caballeros influenciou numa jogada muito mal jogada.

Houve uma altura em que esta fase não foi fácil, porque o Jorge jogou uma carta que tirava todos os Caballeros que tínhamos e os enviava de volta à província, pelo que estivemos algum tempo a tentar recuperar Caballeros.

Também investimos todos muito no castelo, à excepção do Jorge que só pôs lá um Caballero, mas mesmo assim não deu para modificar muito o jogo.

Assim, o 1º lugar ficou para o Gonçalo, o 2º para o Tiago, o 3º para mim e em 4º lugar o Jorge, muito próximo de mim.

Já tinha ouvido falar do jogo, e sem dúvida que gostei. As cartas estão muito bem conseguidas, havendo sempre um lado negativo na escolha da carta: Ou se escolhe uma boa acção, mas poucos Caballeros para colocar nas regiões ou vice-versa. Aquela rodinha misteriosa também é muito engraçada.

Ah! E falta referir que o Tiago gosta muito do jogo em parte devido à existência das cartas de Intriga. :)

Como quando acabamos já era tarde, decidimos terminar a sessão, ficando à espera da possibilidade de uma “excursão” para ir ao encontro semanal do Porto, que se vai realizar esta semana em Espinho.

Bom, espero não ter sido muito “secante”, e foi um prazer escrever para vocês.

Bons jogos!

Filipa"

10 comentários:

Anónimo disse...

Ena, ela já escreve no blogue. :)

Ainda bem que gostaram do El Grande, o Tiago pareceu convencido, a semana passada.

abraço

Jorge Teixeira disse...

Pois Zé, parece que está a ficar grande a nossa menina!E logo com uma sesson report a sério...
Parabéns Filipa!

Quanto a El Grande, para dizer a verdade apenas tinha jogado uma única vez e lembro-me que me tinha deixado agradado, ontem pude confirmar o quanto gosto deste jogo.
Rápido, inteligente, divertido, pouco desgastante, dos melhores pesos médios que já joguei!

Abraços

Carlos Abrunhosa disse...

Boa Filipa, quanto detalhe! Parabéns. Só te peço que não percas o balanço, porque quanto mais pessoal escrever melhor.

Para começar vou dar-te um convite especial... ;)

Cacá disse...

Muito boa resenha, mande os parabéns a Filipa... Quanto ao EL GRANDE, esse jogo é maravilhoso, toda vez que jogo mais gosto dele, agora temos tentado sempre que jogamos no básico, experimentar uma das expansões...

Ah, para os amigos "lusos", no BGG tem a tradução das cartas de ação, que eu tive o prazer (pois não é trabalho nenhum mexer em coisas desse jogo) de traduzir...

Abraços do Brasil...

Carlos Abrunhosa disse...

Sempre em cima Cacá!

Phi disse...

Muito obg a todos! =)

Gonçalo disse...

Muito bom resumo Filipa...vês como não custou nada! ehehe
De facto já tinha imensas saudades de jogar El Grande, mas só me apercebi disso qd comecei a jogar. É um jogo que tem definitivamente de ir mais vezes à mesa. Como tantos outros !!!! e esse é o problema.

Duarte disse...

Um Grande e simples area control sem dúvida.

Só tenho pena que não vá tanto à mesa como eu gostaria no meu grupo. Tento jogá-lo com uns outsiders sempre com sucesso até porque dá para jogar com non-gamers.

Se gostam do género e quando se fartarem se puderem experimentem area control com uns twists como o Struggle of Empires ou o Shogun.

Cumps
Duarte

Carlos Abrunhosa disse...

Em relação ao Shogun já veio à mesa pelo menos 1 ou 2 vezes que eu me recorde, mas tem de ser jogado de novo porque o Tiago anda à séculos a "pedinchar" para o jogar! hehe

Em relação ao SoE é que nós não sabemos muito que é do Wallace sobre batalhas e pouco mais... mas para ser sincero não é muito o meu género, pelo menos nesta fase da minha vida! hehe

Duarte disse...

O SoE tem tantas ou menos batalhas que o Shogun. O interessante do jogo são as alianças que se formam com outros jogadores. Talvez na LeiriaCon 09 vos convença :)