sábado, 29 de março de 2008

Impera o Imperial...!

Na quinta - feira passada encontrámo-nos mais uma vez para uma sessão de boardgames, desta feita num local inédito, na casa do nosso mais novo membro, o Tiago.
Há umas semanas atrás o Carlos propôs ao grupo que se fizesse uma experiência nas nossas sessões, dar pelo menos 5 oportunidades seguídas a um jogo para que ele amadurecesse no grupo, ficássemos a conhecer melhor o jogo, as estratégias, tudo aquilo que um jogo pode oferecer e nós (por termos tantos jogos novos e pouco tempo para jogar) não lhe damos essa opurtunidade.
O resto do grupo achou muito bem e o escolhido para começar a modalidade foi "Imperial".
Já jogámos 3 vezes, embora na primeira tenhamos jogado com um bom par de regras mal, nesta terceira sessão já podemos saborear um pouco do que este jogo pode oferecer...
Nesta sessão houve um equilibrio muito grande entre as nações, para terem uma ideia, no final perfilavam-se 4 nações que poderiam obter a vitória na jogada final, a Austria, o UK, A Russia e a Alemanha. A Itália e a França, não andaram longe, pois mesmo assim acabaram no índice 3.

Mas vamos ao jogo, olhando para o que é que cada jogador fez:

Gonçalo:

- Começou por governar o UK, artilhando-o até ao dentes;
- Conquistou o governo da França muito cedo evoluindo-a muito bem através da compra de mais 2 fábricas;
- Apostou a certa altura na Rússia, tirando-a ao Carlos que já a tinha bastante desenvolvida;
- No final, quando tinha money para apostar forte as acções maiores já estavam entregues, mas acabou com uma variedade muito grande títulos, revelando-se muito bom tendo em conta o grande equilíbrio entre os países;
- Por pouco que não levava a Rússia à vitória, muito bom trabalho;

Carlos:

- Iniciou com a Rússia e com a França, desenvolvendo mais a Rússia, nomeadamente na compra de novas fábricas de armamento;
- Diversificou muito bem as compras das acções, tendo apostado perto do final na Alemanha, onde a tirou do buraco e a levou a discutir a vitória, faltou um bocadinho assim...:)
- Perto do final apostou em grande na Áustria o que lhe valeu muitos pontinhos no final;
- Aprendeu a lição direitinho desde a última partida, pois não apostou à bruta num dos países, manteve-se com títulos baixos e no fim apostou nos cavalos certos;

Jorge (eu):

- Comecei com a Itália mais uma vez, foi ao acaso mas achei interessante, pois na última vez que joguei criei uns pequenos laços afectivos com a Itália...
- Mais uma vez contribuí para o crescimento bélico daquele país, mas desta vez tive uns vizinhos Austríacos que me bloquearam algumas regiões o que me deixou um pouco desanimado;
- Mesmo assim ainda apostei mais uns trocos na Itália, mas decidi governar paralelamente o UK, roubando-o ao Gonçalo, chegando a ter os títulos de 16 M das duas potências;
- O meu grande erro foi mesmo não diversificar na hora de investir, limitei-me a aumentar as acções nos países que já tinha e no final mostrou-se uma péssima estratégia, pois se no início, a Itália estava bem lançada, no final mais ninguém se preocupou com ela e acabou por se ficar pelo índice 3;

Tiago:

- A grande surpresa da noite, primeira vez a jogar Imperial e num instante assimilou as principais estratégicas do jogo;
- Começou a governar a Áustria e a Alemanha, foi aproveitando o facto de ser o único investidor na Áustria para ir ganhando uns tostõezitos, dotar a região de muitos armamentos e dominando uns países à volta;
- Foi o primeiro de todos a apostar muito variado nos investimentos o que no final se mostrou fatal;
- Perto do final encontrava-se a governar 3 Países e a extorquir deles o máximo que podia;
- Como tinha acções médias, foi perdendo o controlo dos países, ficando a "duas voltas" do final sem governo nenhum, apenas a investir o dinheiro que tinha na hora do investor;
- Como tudo queria ganhar dinheiro, foi tudo a correr ao investor, ora o Tiago nessas alturas também investia e bem (burro fui eu que lhe tirei o último governo);
- Acabou por ganhar o jogo, logo na estreia, Parabéns Tiago;

No final acabei por ser eu a finalizar o jogo com o UK, não tínhamos feito bem as contas, todos pensávamos que não conseguía numa taxation, mas deu para acabar, estragado os planos ao Gonçalo que estava a planear acabar com a Rússia.

Como já devem ter calculado o grande vencedor foi o novato Tiago com 142 pontos, em seguida o Carlos com 137, depois o Gonçalo com 122 e no fim eu com apenas 97 pontos (muito mau!).

Foi um jogo muito bom, todos se divertiram, foi um jogo muito equilibrado, perto do final fazíamos apostas para ver qual o país que chegaria em primeiro, não houve países pobres, foi um grande jogo.
Esta estratégia de levar o mesmo jogo à mesa várias vezes consecutivas parece estar a dar frutos, pois cada dia que se joga descobre-se algo novo e diferente neste " Jogo Imperial" do nosso conhecido Gerets.

3 comentários:

Carlos Abrunhosa disse...

Acho que no mínimo, para dominar os conceitos básicos da estratégia deste jogo, precisaríamos de umas 20 partidas.

Quanto ao Tiago também fiquei surpreendido, parabéns! :)

soledade disse...

Começar com dois países próximos, tipo Alemanha e Áustria é fixe para assegurar um bom desenvolvimento sem grandes preocupações porque, presume-se, o gajo que tem a Rússia vai jogar a solo um bocado (até implicar com a Áustria pelas regiões e mares do sul, e o UK, se tiver a investir dentro do país, que é aquilo que deve fazer, pelo menos, no início, deixa a Alemanha mais à vontade. A questão é a forma como as alianças depois se vão proporcionando e, pelo que percebi, o Tiago safou-se dos países quando estes já lhe começavam a dar trabalho a mais e preocupou-se em investir bem.
A França e a Itália embirram sempre um bocado pelos mares e norte de África o que, de certa forma, pode prejudicar os taxations de uma e de outra porque, para serem elevados, são mais caros por causa das guerras entre ambos.

Grande jogo!!!

Gonçalo disse...

Imperial é um jogo de eleição e a prová-lo está o facto de mesmo depois do final do jogo, a malta continuou alegremente a discutir sobre as estratégias seguidas, o que correu bem e mal, com que países tinham mais afinidade, etc.. depois lá foi cada um para sua casa com a satisfação de ter sido uma jogatina e pêras. Parabéns ao Tiago pela merecida vitória e ao carlos, que depois de uma partida de Imperial em que as coisas lhe correram francamente mal, soube tirar as devidas ilações e fazer um grande jogo, perdendo-o por muito pouco.

Um obrigado final ao Jorge por nos ter oferecido esta bela reportagem.
Abraços,
Gonçalo