segunda-feira, 10 de setembro de 2007

ATON ou AMON - a vã glória de orar em primeiro! (porque os primeiros serão sempre os últimos)

Aton e Amon, dois dos maiores sacerdotes do antigo Egipto confrontam-se para conseguirem colocar os seus discípulos em maior número nos quatro principais templos de Thebes.

É partindo deste enquadramento histórico que Thorsten Gimmler, criador de títulos como No Thanks! ou Thief of Baghdad entre bastantes outros, nos apresenta este ATON. Editado pela alemã Queen Games, este jogo para 2 pessoas tem uma duração aproximada de 30 minutos por partida e destina-se a um público dos 10 aos 99 anos.

O jogo não é um notável do top 100 do ranking BGG como o atesta o seu 263º. lugar, mas todos nós sabemos como é difícil entrar nesse restrito lote!

Houve neste jogo une quelque choice que me seduziu logo que pus os olhos nos componentes do jogo, mesmo que sejam só imagens (pois ainda não o tenho…), e que me fez considerá-lo um “must buy” da minha wishlist.

Há aqueles jogos que nos enfeitiçam mesmo que nós não percebamos muito bem porquê. No meu caso, este ATON atraiu-me pelas suas belas ilustrações (muito características em jogos com a temática do antigo Egipto) e pela simplicidade das suas regras.

A belíssima box traz lá dentro 72 cartas com valores entre o 1 e o 4, sendo 36 azuis e 36 vermelhas; 1 tabuleiro de jogo; 58 discípulos de ATON (marcadores vermelhos) e de AMON (marcadores azuis); 2 marcadores brancos de mudança; 2 marcadores de pontuação e finalmente as indispensáveis regras do jogo.

Em ATON os jogadores encarnam as figuras das sumidades religiosas ATON ou AMON e, na sua vez, retiram da sua pilha de cartas de face oculta, quatro cartas que vêm e decidem a que “cartouche” (designação dada à forma oval que rodeia o nome do Rei egípcio impresso em hieróglifos) vão destiná-las (1 carta para cada 1 dos quatro cartouches que estão impressos no tabuleiro de jogo).

Na fase seguinte vai-se comparar as cartas dos dois jogadores para o 1º, 2º, 3º e 4º cartouche e empreender as acções que cada um deles determina que sejam feitas.

O primeiro cartouche determina que o vencedor avance na escala de pontuação; o segundo cartouche determina a ordem de jogo e também o número de discípulos adversários a retirar de um ou mais templos e os templos onde se podem colocar os nossos discípulos; o terceiro cartouche define qual ou quais os templos onde se podem retirar/colocar discípulos (relativo ao 2º e 4º cartouches) e finalmente no quarto cartouche é estabelecido o número de discípulos que cada jogador pode colocar nos templos (só nos templos definidos no 3º cartouche). Todos os discípulos retirados dos templos e/ou aqueles que não tenham lugar disponível, são colocados num outro espaço do tabuleiro designado por Reino dos Mortos.

No final o vencedor é aquele que conseguir atingir um dos 4 end triggers: ser o primeiro a chegar aos 40 pontos (ou ultrapassar); conseguir ocupar todos os espaços de um templo; conseguir ocupar todos os quadrados amarelos dos 4 templos, conseguir ocupar todos os espaços azuis dos 4 templos.

Não se deixem enganar pela minha péssima review, pois acho que este belíssimo jogo de Gimmler tem tudo para adocicar um serão com a vossa cara-metade ou mesmo para criar um bom mood àqueles que ainda estão a dar os primeiros passos.

O preço deste jogo não ultrapassa os 17€, tornando-o num óptimo presente para um amigo(a), de preferência com quem possamos desfrutar do jogo mais tarde (hehe)!

Até à próxima…

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