sexta-feira, 14 de março de 2008

Race for the Galaxy perdeu os três... a dois!

Ontem, para surpresa minha, recebi um telefonema às 17h:


"- Então Carlos, estás bem?"
"- Sim, claro, e tu? Estás tudo bem contigo?"
"- Tudo bem. Olha telefonei para saber se tens alguma coisa para fazer logo à noite."
"- Não. Logo estou livre de tarefas. O que é que tinhas em mente?"
"- Pensei que talvez pudéssemos jogar qualquer coisa! "
"- Boa ideia, aparece lá em casa lá para as 9."
"- Ok, então até logo."
"- Xau, até logo"

E... chegadas as 21h, lá estávamos nós (ainda contactámos o Jorge mas ele preferiu ir tratar do físico para o ginásio) em volta da mesa a decidir o que jogar, e que implicasse apenas dois jogadores. Felizmente o Gonçalo trouxe Race for the Galaxy (RftG) (hehe, só agora descobriram o nome do gajo que me ligou às 17h... já pensavam que era um erro!? Não, é tudo parte integrante desta grande narrativa... cheia de suspense e dúvida que ainda agora está a começar).

Decidimos partir pedra e desbravar as regras do jogo (em francês e em espanhol) e digo-vos uma coisa... p*** que p**** as regras... ainda dizem que Brass tem regras confusas?! O que dizer das regras deste RfdG? Uma confusão brutal de simbolismos, designações e nomenclaturas que nos levaram quase ao desespero (pelo menos a mim). Confesso que ter o Gonçalo por perto quando se tenta aprender um jogo é meio caminho andado para o sucesso (vá lá Gonçalo, limpa a baba... é mesmo verdade!). Persistimos e descobrimos, as coisas começaram a engrenar um horita depois de começar a ler, e só às "25h30" é que terminámos o primeiro ensaio.

Conclusões sobre o jogo: divertimento puro e duro! Sem surpreender muito em termos de componentes, pois no fundo trata-se de um jogo de cartas (muitas cartas!), não deixa de agradar imenso no que toca ao cheiro (há um gajo no BGG que adora snifar jogos, até tem um microbadge, e agora entendo-o!), adorei o cheirinho das cartas novinhas (reparem nos diminutivos; tudo para sublinhar o lado mignon do jogo)! Depois veio-me à ideia a impressão que este jogo causou no Soledade, e compreendi-o perfeitamente quando RfdG terminou. Realmente a ideia de que esta coisa usa o bonús daquela e dá direito a pôr cartinha neste planeta, ao mesmo tempo que vou buscar um VP pelo bonús daquele Developement!!! Urghr!!! Está lá esta sensação sem dúvida nenhuma, a diferença é que o Soledade detestou esse encadeamento, e nós achámos-lhe graça!
O Gonçalo acabou com 5 pontos de avanço e ganhou no nosso testing game a dois, mas isso foi o único aspecto negativo do jogo para mim :( (hehe).

Gostámos mesmo bastante de jogar RftG e ficámos com a sensação que o seu 15º posto no ranking BGG tem o seu quê de justo, embora peque, na minha humilde opinião, por ser exagerado.

Fiquem bem e até breve.

PS - Qualquer tipo de associação sexual do título deste artigo com o seu autor é pura especulação! Até porque eu não sou dessas coisas.

3 comentários:

soledade disse...

Pois. As referências a mim fazem sentido. Eu não gostei do jogo. Acho-o completamente mecanizado e desprovido tematicamente. Eu não consigo gostar de jogos assim.
Mas dizem-se maravilhas do jogo.

E o problema, deixem-me sublinhar, é do jogador e não do jogo.

PS

Carlos Abrunhosa disse...

Hehe... agora que falas até fiquei a sentir-me culpado! Não era minha intenção sublinhar a tua opinião sobre o jogo, pelo contrário, a referência a ti prende-se com o facto de eu ir seguindo de perto as tuas opiniões, uma vez que as vais tornando mais ou menos públicas em blogs e sites.

Amigos na mesma? Creio que sim!

Gonçalo disse...

Agora que já limpei a baba devo dizer que é para mim um verdadeiro prazer poder ajudar a desbravar os jogos...no final fica a sensação de dever cumprido. Cusou mas foi!
Quanto ao RFTG, gostei do jogo. A verdade é que ainda é muito cedo para formar uma opinião muito consistente, mas agradou-me a mecânica e a sensação de que existem várias maneiras de ganhar a corrida. A ver vamos se a impressão positiva não passa disso mesmo, uma impressão...penso que não.
Abraços,
Gonçalo Lourenço