Já deixa saudades e só passou um dia! Foi o Encontro Nacional de Boardgamers no Porto. Muito bem organizado, como é apanágio da malta do norte, que "sabe fazer" bem e acolher melhor. É assim, numa frase, que quero descrever o encontro de ontem.
De Aveiro fui eu e o Jorge, com muita pena de não levarmos mais malta cá do burgo, mas paciência, contingências da vida obrigaram ao número reduzido!

Quando chegámos reparei que ainda não éramos muitos, porém saltaram-me logo à vista as presenças de alguns "velhos" conhecidos - Pombeiro, Vasco, Ricardo Madeira, a Carla e o Zé Mário, o Sgrovi, o Phillip entre outros.

Curioso também que fiquei a conhecer alguns rostos de nicks muito participativos na nossa comunidade, e que ainda não associava muito bem (pois só travei conhecimento com o povo jogador de Portugal no LeiriaCon'08) como o Mallgur, o JohnnyBeGood, Dugy, Femmefatal, Rick Danger, Goldenclaw, xpto...

Para nós as festas começaram por volta das 11 da manhã e, como já tinha ficado prometido, com a iniciação no Agricola. Foi com esta vontade que nos dirigimos à Carla, e lhe pedimos que nos ajudasse. Assim foi, ela procurou a ajuda do Eduardo (Dugy) que teve a gentileza de nos explicar o jogo de forma pormenorizada.
Lá começámos a jogar e a primeira sensação que tive é que estava ali um jogo muito bom, cheio de tema onde só faltava sentir os odores da quinta (ainda bem que o Rosenberg não pensou nisso!). Muito confuso nas escolhas que deveria fazer, fui apostando em
Minor Improvements e não liguei muito à construção de pastagens (grande calinada!). O jogo dos outros nem o consigo descrever muito bem, tamanha era a minha concentração em descortinar qual o melhor caminho para não levar com os pontos negativos que estavam na tabela de pontuações! Sei apenas que o Jorge se saiu muito bem logo no primeiro jogo, usando a capacidade de produzir animais, sobretudo ovelhas, e de as cozinhar para alimentar a sua família (no meu caso optei pelo cultivo de grão), utilizou todas as cercas que tinha à sua disposição (15) e no final acabou com 4 pessoas no seu agregado familiar (2 a viverem ao relento!).

Os meus amigos do Porto, o Eduardo e a Carla, tiveram abordagens diferentes. O Eduardo, naturalmente, demarcou-se de todos nós pela escolha acertada de cartas que lhe traziam mais valias na recolha de madeira. Construiu uma quinta multifacetada e bastante preenchida, tendo um pouquinho de tudo - ganhou com 30 pontos! Por sua vez, a Carla começou um pouco periclitante, verbalizando alguns sinais de consumição pelo rumo que o seu jogo estava a levar. Recordo-me das suas vezes que teve de abortar uma das suas acções por falta de um forno! Acabou em terceiro lugar com 17 pontos atrás do Jorge que ficou com 18 pontos. Eu fiquei em último com 12 pontos, mas convencido que para a próxima já outras vacas mugirão!
Avaliação final do Agricola - que jogaço! Só não sei quem nos irá repetir as regras, pois há lá uma carrada de pormenores que importa saber! Acho que o Eduardo tem de vir a Aveiro explicar... ;)
Embora não tenha explicado, a meio do Agricola, fomos almoçar, transportando o final da nossa partida para o principio da tarde... é aí que o caríssimo leitor está neste momento, cronologicamente falando!
Com muitas ofertas lúdicas (estavam para lá jogos que nunca mais acabavam!) tivemos de nos decidir pelo seguinte... Eu estava muito inclinado para uma partida de Ano do Dragão, depois do Zé Mário me ter instigado a jogá-lo, no entanto ele estava ocupado numa partida de San Marco e o Jorge já tinha decidido que não jogaria por achar que o jogo só traz "mais do mesmo". Bom com esta conjectura tão adversa tivemos de optar por algo mais consensual - Pandemic!

Uma vez mais foi o Eduardo o explicador de serviço. Depois desse momento explicativo demos inicio à nossa campanha para salvar o mundo. Os especialistas, para além de mim, eram o Jorge, (Dragonfire), o Zé Mário (Asur) e o Chico (xpto). O meu papel nesta missão era de Researcher, cabendo-me a função especial de trocar cartas com os meus colegas de missão de forma mais ágil e sem tantas barreiras, acabando também por servir de "mula" (segundo a expressão do Zé) para entregar cartas entre os restantes elementos do grupo de missão!
No final conseguimos a proeza de encontrar cura para as doenças do mundo, no entanto jogámos o nível mais fácil do jogo e rasteirámos uma regra... mas isso agora não interessa para nada, não acham! hehe


Para acabar queria deixar aqui o agradecimento da malta de Aveiro, em concreto do grupo do JE, pelo excelente trabalho que todos tiveram para que o encontro do Porto tenha sido um sucesso, na minha opinião. O único senão foi a ausência de alguns jogadores, que já estamos habituados a ver nestas andanças e que não foram vistos, com alguma pena minha. Para a próxima pode ser que nos encontremos.