quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sessão sobre serapilheira verde...

Para começar a relatar a jogatina de ontem é importante dizer que foi estreada uma nova "cara" para receber as nossas partidas - uma serapilheira verde!

Com este background até parece que elevamos aos píncaros o nosso nível de profissionalismo! Tornamo-nos verdadeiros Al Capones em volta da mesa... revestida de serapilheira verde, que vistão!
Mas como nem tudo são rosas... acho que a serapilheira me estragou as fotos que tirei às nossas partidas (só não tenho a certeza porque ainda não tive tempo para descarregar as fotos da minha máquina. Mas por aquilo que vi no visor, não se auguram grandes postais!)
Bom, mas vamos ao que realmente interessa - os jogos!
A noite começou com aquele que é ainda (pelo menos para mim!) o melhor dos melhores - Puerto Rico. O jogo tem um setup demorado, pois são peças e mais pecinhas para separar e formar montes e montinhos... adiantei o serviço e a mesa já estava pronta quando chegou o Gonçalo! O Jorge apareceu mais tarde (20 minutos depois das 21h!) bem ao jeito de Robert Mugabe, sem o tom de pele (hehe). Todos concordaram em darmos início às hostelidades e lá o fizémos. O jogo foi intenso, os jogadores estão mais experientes a cada partida que passa, e o jogo leva qualquer um à profunda concentração e a uma constante preocupação em escolher o papel certo no momento mais apropriado.
A partida durou muito menos tempo do que aquilo que esperávamos, talvez fruto de um conhecimento mais inteirado de todos nós em relação ao jogo e também devido ao factor - número de jogadores!
O Jorge começou em primeiro, o Gonçalo seguiu em segundo e eu fiquei em terceiro na ordem do 1º turno, o que transformou o Jorge e o Gonçalo em produtores de Indígo e eu em produtor de Milho!
A minha estratégia alicerçou-se de início na construção dos dois markets (pequeno e grande), o que mais tarde me rendeu umas belas maquias (sempre +3 doublons + o valor da mercadoria vendida e, quando escolhia eu o papel de Trader, +1 como benefício). O Jorge apostou forte na produção do indígo, mas como é natural na produções que precisam de fábrica, começou tarde a produzir muito. O Gonçalo por seu turno procurou diversificar a sua produção, falhando, na minha opinião, quando decidiu contruir a fábrica de tabaco, quando ainda não tinha nenhum campo dessa mercadoria! Também fez uma má opção na escolha da 1ª mercadoria que colocou no navio, permitindo-me "despachar" as duas mercadorias que eu tinha (ela acreditava, no final do jogo, que tinha sido essa a jogada chave para a minha vitória final. Eu e o Jorge achámos que não foi só esse precalço, mas um conjunto de movimentações que me conduziram ao 1º lugar).
Na parte final da partida consegui a combinação explosiva de harbor e warf, que me permitiu usufruir sempre de muitos pontos de vitória na fase de capitão! No fim o pódio ficou organizado da seguinte forma: 3º Gonçalo, 2º Jorge e 1º Eu (talvez eles possam acrescentar os pontos à frente dos nomes porque eu já não me recordo).
Em seguida, e como a partida foi bastante rápida, decidimos apostar uma vez mais em Meuterer. Esta foi a nossa 2ª vez e podemos resumir este jogo como a vitória do argumento "do ataque por detrás". Esta teoria do ataque pela rectaguarda foi uma invenção do vencedor - o Jorge. Desde que jogamos este jogo (apenas 2 partidas!) ainda ninguém tocou na chicha. O marinheiro Jorge já nos deu duas vezes na boca e ainda não lhe conseguimos dar resposta! Prepara-te que fica para a próxima! [Nota de edição: Pelo que parece o Gonçalo ganhou a 1ª vez e o Jorge ganhou ontem!!! Pedido de desculpas pelo meu lapso!]O jogo foi muito disputado ao longo das suas 9 rondas, havendo uma constante alternância do primeiro lugar entre os três. O Gonçalo partiu na frente, enquanto eu assumi o comando duas ou três rondas depois, seguiu-se a liderança do marcador por parte do Gonçalo e na recta final o Jorge desferiu o seu inovador "ataque por detrás" que lhe garantiu a liderança final nas últimas 3 rondas! Muito interessante e dinâmico! Nesta partida descobrimos a mecânica bluff do jogo (divertidíssimo!!!)
Para o fim guardámos uma partidinha de Ra, não antes de ter tentado tudo por tudo para trazer à cena (verde!) o meu queridíssimo Notre Dame, mas o Jorge declinou a epopeia construtora e lá fomos para o não menos interessante Ra.
Como já escrevi algures, Ra é um miminho do Rei(ner) Knizia. Sempre cheio de decisões difíceis, opções mais ou menos cruéis, período de abstinência de evocação do grande Ra (traduzindo: por vezes ficamos sem pedras e temos de ver os outros a jogar! Arghrr!!!) e uma visão de longo prazo que nem sempre é fácil de conciliar com as decisão do curto!
Nesta contenda saí eu vencedor, e consegui ser o mais agradável dos súbditos, aos olhos do imponente Ra.
Acabei a escassos 2 ou 3 pontos do Jorge e um pouco mais do Gonçalo. Mas o que mais importa é que foi uma sessão descontraída e bastante airosa.
No fim houve ainda tempo para partilhar um pouco as nossas perspectivas sobre as partidas feitas e alhinavar as perspectivas em relação às novas prendinhas que o pai Natal vai trazer. Perfilam-se quatro novidades absolutas no horizonte da nossa ludoteca colectiva - Amun Re, Shogun, No thanks e Villa Paletti e uma semi-novidade Zug um Zug Europe (este já conhecemos e já jogámos mas ainda não era nosso!). Im Jahres des Drachen talvez tenha de esperar por Fevereiro ou Março (para muita pena minha, pois acho que é mais um belíssimo jogo do Feld. Alguém me poderá confirmar a minha expectativa?)

Para já é tudo, fiquem bem e até breve!

4 comentários:

Jorge Teixeira disse...

Estava uma noite fantástica para a prática da modalidade, -1 grau centígrado, tapete verdinho, pouco escorregadio, uma noite daquelas...!

Foi interessante, cada vez gosto mais do Meutorrer e não há forma de atinar com a governação de "Puerto Rico", quis apostar tudo no indigo genéticamente modificado mas o mercado estava pouco confiante!

Ps: Na semana passada foi o Gonçalo que ganhou Meutorrer, eu ganhei o Carcassone.

Não fiques preocupado com a minha apetência para atacar por trás, pois quanto te aperceberes já lá vou à frente...ehehe

Abraços e vê se colocas as fotos da relva nova!

Jorge

Carlos Abrunhosa disse...

Lapso corrigido!

soledade disse...

O Puerto Rico, ao contrário daquilo que eu pensava há uns tempos atrás, está a perder qualidades. Quer dizer, o jogo continua o mesmo mas os jogadores, não. E eu já acho o PR um bocadinho limitado e já não me satisfaz tanto quanto satisfazia.
Continuo a gostar mas baixou a febre.

abraços
Paulo

Carlos Abrunhosa disse...

Viva Soledade,

pois calculo que já tenhas jogado muito PR, nós não! Por isso cá para mim continuo a ter a tal febre de que falas (dá-me mais uns jogos!!hehe)