Da compra das províncias advêm vantagens - os recursos, quer os recursos renováveis, quer os pontos de vitória.
O jogo comporta cartas de poder, escondidas, tiradas à sorte: o que traz ao jogo um elemento aleatório cuja importancia não deve ser negligenciável, como no excelente "Goa". Embora para os mais purista se possa lamentar esta ligeira aleatoriamente, ganha-se em fluidez de jogos pela disseminação da "paralisia analítica" (expressão que me encanta deveras tal é a sua profundidade e a notoriedade que angaria para o reviewer que a utiliza!) - o facto de jogadores “contabilistas” em excesso estarem uma eternidade a analisar as enésimas variáveis possíveis.
O jogo não é muito abstracto e o tema lá vai aparecendo, ao contrário do que acontece habitualmente com os tabuleiros de Knizia. O tipo de material encontrado na caixa é o previsível, quando falamos da Hans Im Glück, bastante sóbria (à boa maneira alemã) mas bonito (por vezes estes são conceitos pouco interligáveis), bem acabado e funcional.
Para concluir, podemos afirmar que este jogo não é para toda a família, nem para jogadores ocasionais, mas continua a ser, mesmo assim, muito acessível. É um puro "Knizia" que não obteve a notoriedade que merece, e que tem o seu lugar ao lado das outras pérolas deste autor sem qualquer tipo de favorecimento. Se a antiguidade ou a gestão despertam em si um tremor na barriga ou um incontrolável desejo de jogar, Amun-Re é simplesmente indispensável.
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