Aí está um jogo cujas regras têm o ar bem mais complexo do que na realidade são, ganhando-se muito em aprender com alguém que já o tenha jogado.
Trata-se de um jogo de gestão e de optimização. Diversas províncias do Egipto (todos adoramos a temática e as ilustrações associadas a este tema no JE) são postas à venda numa licitação particular onde uma oferta superior força o licitador a rever a sua eleição. Desta compra, podem obter-se quer recursos, quer recursos renováveis ou pontos de vitória, e acreditem, a escolha por vezes poderá ser muito difícil de fazer. Escolher entre as terras a vender: aproveitar o proveito imediato, ou por outro lado, apoderar-se da parcela que vos permitirá realizar um de vossos objectivos secretos...
O jogo tem cartas de poder, escondidas, atiradas ao acaso: isso trás um elemento aleatório cuja importância não é negligenciável, dando-lhe inclusivamente uma fluidez muito interessante.
O jogo não é abstracto do todo e o tema até se cola bem a ele. O tipo de material é o previsível numa caixa Hans Im Glück, isto é dizer, muita sobriedade mas sempre com grande elegância, bem acabado e funcional.
Em conclusão, este jogo não é para toda a família, nem para jogadores ocasionais, mas mesmo assim é abordável por este tipo de jogadores. É um "Knizia" que não tem a notoriedade que merece e que devia figurar junto das outras pérolas deste autor. Se gostam da temática relacionada com a antiguidade ou os jogos de gestão, Amun-Re é simplesmente imprescindível. Agora só nos falta abrir a caixa uma noite destas, numa das sessões do JE!
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