Ontem, ao fim do dia, recebemos a visita do Jorge e da Sara e logo se proporcionou uns joguinhos. Em primeiro, e para estrear, o recém-chegado Ziegen Kriegen.
Este jogo de cartas de Günter Burkhardt é indicado para jogadores com mais de 8 anos e consegue lidar com 3 a 6 jogadores. Os 15 minutos de tempo de jogo parecem-me escassos... mas o mais interessante é o ilustrador, nada mais nada menos que o nosso conhecido Michael Menzel. Para mim Menzel tem o dom de enriquecer qualquer jogo, com o seu talento torna qualquer tabuleiro ou maço de cartas num objecto colorido e interessante do ponto de vista gráfico, e Ziegen Kriengen não foge a essa regra! Bem bonito este jogo de cartas.
No "pacote" o pessoal da Amigo ainda nos vende uma cabra animeeple! Não serve para quase nada durante o jogo senão marcar a carta inicial da ilha, mas é "très drôle".
Um joguinho para fazer o aquecimento mas muito interessante à primeira vista, no entanto da Amigo, já joguei coisas melhores como por exemplo o 6 nimmt! de Kramer. Mas este não me pareceu mal, só tenho de o experimentar mais vezes!
Em favor deste jogo de cabras à que dizer que não jogámos o jogo completo pois teriamos de fazer 3 turnos, porque eramos 3 jogadores, só que, como a Isabel chegou à mesa de jogo decidimos parar no 1º turno!
Já com quatro jogadores abrimos a caixa do já mais que batido exemplar de Seyfarth - Turn and Taxis! O jogo estava a correr-me muito bem quando sensívelmente a meio fui atraiçoado por uma péssima decisão que deitou tudo por terra, pois nunca mais fui capaz de endireitar o rumo do meu jogo, chegando ao final com uns miseráveis 15 pontos bem no fimzinho da classificação.
A vencedora foi a surpreendente Sara que com um jogo descontraído e adaptável às contingências das cartas, levou a contenda para o seu lado com 25 pontos finais, mesmo atrás ficou o Jorge com 24 pontos (25-1(casa)=24) e a Isabel em terceiro com 23 pontos! Muito renhido no topo da tabela entre os 3 primeiros. Possivelmente, também eu teria entrado na corrida se não tivesse cometido aquele deslize a meio da partida, mas isso é futurologia!
A noite já se tinha aconchegado mas nada que nos fizesse ter vontade de dormir, pelo contrário, partimos para mais um joguinho. Desta vez foi, o não menos popular entre nós, Yspahan!
Ainda com a entrevista de Pauchon bem fresquinha na cabeça entregámos-nos ao trabalho de fornecer os bairros da pipa, do saco, da arca e o difícil bairro do pote!
Neste jogo soltei todos os meus dotes "leiteiros" e ainda na primeira semana já tinha o aliciante bónus de +1 cubo. Esta vantagem inicial foi complementada com o bónus de +2 pontos por cada loja de bairro completa, no fechar do pano da 2ª semana (mesmo no 7º dia!). Na 3ª semana preocupei-me sobretudo em completar o máximo possível de lojas e com mais um pouquinho do tal "leite da sorte" que me bafejava, consegui completar duas lojas no dificílimo bairro do pote, almejando só aí, 14 pontos(!).
As classificações finais foram estas: Eu em primeiro com 78 pontos, a Isabel em 2º lugar com 55 pontos, logo seguida pelo Jorge com 54 pontos (!) e um pouquinho mais atrás a Sara com 44 pontos.
No fim, falando um pouco sobre jogos, a Isabel dizia que uma das coisa que mais a aborrece num jogo "novo" é ter de aprender as regras. Enigmática esta preocupação. Efectivamente para quem gosta de jogos de forma "inata" este tipo de considerações não se colocam, por outro lado, aprender as regras é até um motivo de "prazer" na medida em que essa aprendizagem é sinónimo de enriquecimento da nossa experiência lúdica, porém importa perceber como um jogador casual, como a Isabel é neste caso, sente esse momento de introdução a um jogo novo.
No caso dela parece ser um processo desconfortável, e penso que extrapolar o exemplo da Isabel, para grande parte dos jogadores casuais que conheço, não será abusivo! Então com este tipo de informação o que importa fazer para melhorar um momento, como é o da explicação das regras, essencial na "vida" de um jogo?
Na minha opinião é fundamental conhecer o jogo "de trás para a frente" ou "de alto a baixo" ou os dois ao mesmo tempo se preferirem (hehe)! Depois preparar muito bem toda a introdução do jogo, de preferência por tópicos mais ou menos sucintos e directos. Evitar os "rodriguinhos" das regras. Ser o mais breve possível sem deixar de explicar o jogo. E voilá o retrato (embora em pinceladas brutas) de um bom game explainer.
Até já... fiquem bem!
No "pacote" o pessoal da Amigo ainda nos vende uma cabra animeeple! Não serve para quase nada durante o jogo senão marcar a carta inicial da ilha, mas é "très drôle".
Um joguinho para fazer o aquecimento mas muito interessante à primeira vista, no entanto da Amigo, já joguei coisas melhores como por exemplo o 6 nimmt! de Kramer. Mas este não me pareceu mal, só tenho de o experimentar mais vezes!
Em favor deste jogo de cabras à que dizer que não jogámos o jogo completo pois teriamos de fazer 3 turnos, porque eramos 3 jogadores, só que, como a Isabel chegou à mesa de jogo decidimos parar no 1º turno!
Já com quatro jogadores abrimos a caixa do já mais que batido exemplar de Seyfarth - Turn and Taxis! O jogo estava a correr-me muito bem quando sensívelmente a meio fui atraiçoado por uma péssima decisão que deitou tudo por terra, pois nunca mais fui capaz de endireitar o rumo do meu jogo, chegando ao final com uns miseráveis 15 pontos bem no fimzinho da classificação.
A vencedora foi a surpreendente Sara que com um jogo descontraído e adaptável às contingências das cartas, levou a contenda para o seu lado com 25 pontos finais, mesmo atrás ficou o Jorge com 24 pontos (25-1(casa)=24) e a Isabel em terceiro com 23 pontos! Muito renhido no topo da tabela entre os 3 primeiros. Possivelmente, também eu teria entrado na corrida se não tivesse cometido aquele deslize a meio da partida, mas isso é futurologia!
A noite já se tinha aconchegado mas nada que nos fizesse ter vontade de dormir, pelo contrário, partimos para mais um joguinho. Desta vez foi, o não menos popular entre nós, Yspahan!
Ainda com a entrevista de Pauchon bem fresquinha na cabeça entregámos-nos ao trabalho de fornecer os bairros da pipa, do saco, da arca e o difícil bairro do pote!
Neste jogo soltei todos os meus dotes "leiteiros" e ainda na primeira semana já tinha o aliciante bónus de +1 cubo. Esta vantagem inicial foi complementada com o bónus de +2 pontos por cada loja de bairro completa, no fechar do pano da 2ª semana (mesmo no 7º dia!). Na 3ª semana preocupei-me sobretudo em completar o máximo possível de lojas e com mais um pouquinho do tal "leite da sorte" que me bafejava, consegui completar duas lojas no dificílimo bairro do pote, almejando só aí, 14 pontos(!).
As classificações finais foram estas: Eu em primeiro com 78 pontos, a Isabel em 2º lugar com 55 pontos, logo seguida pelo Jorge com 54 pontos (!) e um pouquinho mais atrás a Sara com 44 pontos.
No fim, falando um pouco sobre jogos, a Isabel dizia que uma das coisa que mais a aborrece num jogo "novo" é ter de aprender as regras. Enigmática esta preocupação. Efectivamente para quem gosta de jogos de forma "inata" este tipo de considerações não se colocam, por outro lado, aprender as regras é até um motivo de "prazer" na medida em que essa aprendizagem é sinónimo de enriquecimento da nossa experiência lúdica, porém importa perceber como um jogador casual, como a Isabel é neste caso, sente esse momento de introdução a um jogo novo.
No caso dela parece ser um processo desconfortável, e penso que extrapolar o exemplo da Isabel, para grande parte dos jogadores casuais que conheço, não será abusivo! Então com este tipo de informação o que importa fazer para melhorar um momento, como é o da explicação das regras, essencial na "vida" de um jogo?
Na minha opinião é fundamental conhecer o jogo "de trás para a frente" ou "de alto a baixo" ou os dois ao mesmo tempo se preferirem (hehe)! Depois preparar muito bem toda a introdução do jogo, de preferência por tópicos mais ou menos sucintos e directos. Evitar os "rodriguinhos" das regras. Ser o mais breve possível sem deixar de explicar o jogo. E voilá o retrato (embora em pinceladas brutas) de um bom game explainer.
Até já... fiquem bem!
2 comentários:
Eu continuo a dizer que para explicar bem as regras temos, mais ou menos, de as justificar dentro do contexto do jogo. Se o pessoal perceber o "porquê" da regra mais facilmente perceberá o "para quê"...
Mas sim, para isso é preciso conhecer as regras de trás para a frente!
Mas também aproxima cada tabuleiro um bocado mais do role-play (o que para mim é um plus): "vais ter de fazer de conta que és um INSERIR PERSONAGEM CORRESPONDENTE e o que mais queres é INSERIR OBJECTIVO DO JOGO, sendo que tens este caminho (REGRAS) a seguir." parece-me mais apelativo do que "OBJECTIVO DO JOGO, REGRAS, ganha quem tiver mais pontos."
Ou isso, ou começar mesmo a jogar sem ter explicado nenhuma das regras - acho que é de experimentar! Porque assim o novo-jogador vai ser obrigado a puxar pela cabeça para perceber a mecânica...!
Só mesmo tu Tiago! lol
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